“Uma das maiores lições de minhas experiências é que o retorno da barbárie sempre é possível”.

Esta semana estava fazendo o fichamento do livro “Lições de um século de vida”, de Edgar Morin, quando novamente me deparei com esta frase que me trouxe muitas reflexões:

“Uma das maiores lições de minhas experiências é que o retorno da barbárie sempre é possível. Nenhum avanço histórico é irreversível.”

Edgar Morin, que está atualmente com 103 anos, viveu o absurdo da 2ª Guerra Mundial, e essa frase é uma constatação daquele momento histórico.

Ao refletir sobre essa frase, vejo o quanto ela é atemporal! A citação de Edgar Morin é um lembrete de que o progresso não é garantido. É um chamado à ação, para que não nos acomodemos diante dos avanços já conquistados. A barbárie não é coisa do passado e pode, sim, ressurgir. Se é que não está ressurgindo!

Então, quais lições podemos tirar disso? Primeiro, é essencial reconhecer que o avanço da humanidade depende de um esforço contínuo e coletivo. Não podemos subestimar o impacto das nossas ações diárias, por menores que pareçam. Cada gesto de gentileza, cada ato de solidariedade, contribui para a construção de um mundo melhor.

Para evitar retrocessos, precisamos cultivar a tolerância e o respeito com o outro. Promover o diálogo e a empatia é fundamental para combater a violência. A educação também desempenha um papel muito importante nesse processo; devemos investir em conhecimentos que promovam o senso crítico.

A história é uma conselheira. Temos relatos de tantas civilizações que desaparecem, como os egípcios, os romanos, os incas, dentre tantas outras. O que essas civilizações fizeram de errado para desaparecem? Precisamos usar esses exemplos para não cometermos os mesmos erros.

Além disso, é necessário que façamos uma autoavaliação. Precisamos questionar nossas próprias atitudes, reconhecendo que a mudança começa dentro de cada um de nós.

Devemos nos perguntar diariamente: estou contribuindo para um ambiente de paz e compreensão? Estou agindo de acordo com a mudança que desejo ver no mundo?

Como já mencionei, o progresso da humanidade é uma construção coletiva, fruto das nossas escolhas diárias. Cada pessoa carrega em si o poder de transformar, para melhor ou para pior, o mundo à sua volta.

A responsabilidade é nossa. E a escolha também.

Eu acredito que pequenas ações podem fazer a diferença no futuro. E você? Já pensou a respeito!!